O vinho no Chile tem origem em 1550, com a chegada dos colonizadores espanhóis, que trouxeram na bagagem a bebida e também as videiras. O vinho era elaborado para consumo próprio e para celebrações eucarísticas – muito usado na evangelização dos nativos.
No século XIX, o Chile tornou-se independente das leis espanholas e as famílias mais abastadas passaram a viajar para a Europa. No Velho Continente, tiveram a oportunidade de provar os vinhos franceses e assim perceberam que podiam produzir vinhos de qualidade superior. O que deu início à era moderna da indústria vitivinícola no país.
Em 1863, o mundo do vinho se viu diante de uma das maiores tragédias de sua história: a Filoxera, um pulgão que destruiu vinhedos em todo o planeta. Com exceção do Chile. Sua geografia única serviu como barreiras naturais impedindo o ataque da praga.
Com isso, o mundo inteiro voltou a atenção ao país andino. Um dos desdobramentos dessa situação foi a descoberta de uma casta que se pensava estar extinta: a Carménère. A variedade era cultivada como um tipo de Merlot, até 1994, quando, através de estudos de ampelografia franceses, foi possível identificar a casta.