Na África do Sul, a história da viticultura tem raízes que remontam ao século XVII, quando o navegador Jan Van Riebeeck foi encarregado de gerenciar as plantações de uvas na região, acreditando-se que o vinho poderia ser benéfico para a saúde das tripulações de navegadores que aportavam no país.
No entanto, o conhecimento limitado do terroir local levou muitos produtores a desistir da viticultura após a morte de Jan Van Riebeeck, direcionando seus esforços para outras culturas.
Foi somente no século XX, em 1925, que a vinificação foi revitalizada na África do Sul. Nessa ocasião, o pesquisador Abraham Izak Perold, da Universidade de Stellenbosch, realizou cruzamentos bem-sucedidos entre as uvas Pinot Noir e Cinsault, resultando na criação da Pinotage, uma casta autêntica da África do Sul.
A partir de 1941, a uva Pinotage começou a se disseminar pela região, sendo amplamente utilizada como matéria-prima por diversos produtores e conquistando o paladar dos entusiastas do vinho local.
Apesar dos esforços, os vinhos sul-africanos permaneceram predominantemente no mercado doméstico devido às restrições impostas pelo regime do Apartheid, que limitava sua exportação. Somente na década de 1990, após a abertura do mercado global, os vinhos da África do Sul ganharam reconhecimento internacional, especialmente as variedades como Cabernet Sauvignon, Chardonnay e Syrah, além da icônica Pinotage.